Iridologia
é uma ciência que estuda a íris dos olhos, permitindo conhecer a constituição
geral (todo o organismo), a parcial (de cada órgão) e aspectos comportamentais
do indivíduo, bem como, conhecer os estados evolutivos onde se encontram as
alterações.
O que a
íris pode revelar:
–
nutrientes que o organismo necessita;
– órgãos,
glândulas e tecidos fracos do organismo;
– a
resistência ou a debilidade da constituição do indivíduo;
– que
órgão necessita de atenção primordial;
– o
estágio de atividade dos tecidos;
–
hiperatividade ou hipoatividade dos órgãos, tecidos e glândulas;
– nível
da circulação sanguínea nos vários órgãos;
–
assimilação ou deficiência de nutrientes;
–
resultados de fadiga física e mental ou estresse no organismo;
–
recuperação das habilidades e estabilidades da saúde do organismo;
–
formação de material tóxico antes mesmo da formação da doença.
– a
manifestação da lei de Hering
“A cura
se dá de cima para baixo; de dentro para fora; na ordem inversa do aparecimento
do sintoma”.
–
resposta ao tratamento;
–
introversão e extroversão;
–
hemisfério cerebral dominante;
– padrão
comportamental.
O que não
é possível revelar:
Níveis de
pressão arterial, glicemia; tipos de medicamentos ou drogas utilizados pelo
indivíduo; intervenções cirúrgicas sofridas; o sexo; gravidez; diagnóstico de
tumores; AIDS/ DST; homossexualidade; cálculos renais ou biliares.
Supressão: mecanismo do qual há uma cura
“falsa” de algum sintoma, o sintoma desaparece, porém, não houve uma cura
efetiva, podendo refletir para outra parte do corpo.
Exame
Iridológico:
– posição
confortável;
– lupa,
lanterna, câmera;
–
orientar o interagente para olhar entre as sobrancelhas do iridologista;
– começar
pela íris direita;
– sempre
examinar as duas íris;
–
localizar órgãos primários;
– ter
mapa iridológico para anotações.
Anatomia
do olho
– A visão
além de transmitir as impressões que lhe é atribuída, interfere também em
outras manifestações sensoriais como a sensação de fadiga, euforia, mal-estar…;
–
didaticamente o sentido da visão é classificado como um processo químico, pois
ocorrem alterações químicas para a consecução deste sentido;
- para que a função do sentido ocorra é imprescindível à ação de tais elementos:
- órgão receptor: globo ocular compõe-se de várias camadas e duas câmaras, que contém substâncias líquidas:
a)
Camadas do olho:
Camada
externa 1.
esclerótica (porção branca do olho, função: proteção);
protetora
2.
coróide (com pigmentação negra);
Camada
média
3. corpo
ciliar (músculos ciliares ao redor da íris, processo vascular
ciliares responsáveis por mover o cristalino);
Dois
músculos na íris: -esfíncter pupilar- contrair a íris
-dilatador
pupilar- dilatar a íris
4. íris
(unido ao corpo ciliar – apresenta a pupila)
Camada
interna
5. retina
(expansão do nervo óptico – camada mais interna) nervosa
Na
histologia da retina apresenta: “ponto cego”, que não contém terminações
nervosas e a “mancha amarela” região mais sensível aos estímulos luminosos.
b) Câmaras dos olhos: câmara
anterior: situada diante da íris;
câmara
posterior: para trás da íris e diante da face anterior do
cristalino
AMBAS
CONTÊM O LÍQUIDO “HUMOR AQUOSO” QUE É PRODUZIDO PELO CORPO CILIAR
c) Meios
transparentes: meios que dão passagem à luz
1.
córnea;
2.
cristalino: focagem fina de imagens;
3. humor
vítreo;
4. humor
aquoso.
Anatomia da Íris (6 camadas)
- se prende ao corpo ciliar;
- da esclera se começa a córnea;
- membrana circular retrátil, entre a córnea e o cristalino;
- centro é a pupila;
- há muitos nervos – Sistema Nervoso Autônomo.
- estroma iridal (3ª camada), possui grande quantidade de vasos, tecido de muita contração, forma espiralada. Anel arterial menor: o que vai caracterizar a trança do SNA;
- camada marginal posterior (4ª camada), responsável pela contração e dilatação da pupila.
Orla
Pupilar interna: a espessura caracteriza a quantidade de energia vital que o
organismo apresenta.
- a cor da íris depende da disposição, do tipo de pigmento e da textura do estroma;
- as fibras do estroma podem se abrir, formando escavações a que chamamos de criptas, lesões;
- o esfíncter é inervado pelo Parassimpático, contrair a pupila (miose);
- dilatador da pupila: fibras músculo liso, inervado pelo Simpático, dilatação da pupila (midríase).
- Vias condutoras: representada pelos nervos aferentes, que conduzem as impressões até os centros nervosos.
- Centro de percepção: localizada no cérebro, que transforma as ”impressões em sensações”.
Embriologia e Irisdiagnose (a embriologia fornece subsídios
para o embasamento científico da Iridologia)
Mórula –
blastocisto – disco bilaminar – disco trilaminar (endoderma, ectoderma e
mesoderma – origem a todos os nossos órgãos). Obs.: o ectoderma dá origem ao
sist. Nervoso Central e Periférico, epitélio sensorial dos órgãos sensitivos.
*
inervação dos intestinos provém do ectoderma e que os vasos sanguíneos do
intestino provêm do mesoderma, o que demostra ainda a relação que o mesmo
mantém que o restante do organismo. Segundo Jensen (Batello, 1999, p.28), o
tubo digestivo mantém uma Interrelação singular entre os 3 folhetos
embrionários, fato este que permite a existência de um verdadeiro arco reflexo
proveniente do intestino.
Euplasia
Tecidual: quadro que corresponde vitaminas aos órgãos e sua origem embrionária.
O entendimento
da constituição geral e parcial, bem como da alergia (mecanismo de defesa do
organismo), da homeostasia, e da auto regulação, é indispensável, pois são os
pilares básicos da Iridologia.
Densidade
das fibras da íris:
constituição geral do indivíduo;
Órgãos de
Choque: órgãos
de menor resistência, eles são também chamados de constituição parcial do
indivíduo.
Os
estágios evolutivos expressos na íris:
Tipo: agudo
sub-agudo
crônico
degenerativo
colorações:
branca branco
acinzentada
cinza
preto
Constituição
X Densidade:
A
densidade da íris é regida pelas leis genéticas de hereditariedade e sofre
influência de pelo menos 4 gerações anteriores.
A
Densidade da íris reflete a capacidade do organismo de reagir a tais estímulos
e manter a saúde ou de se recuperar, caso seja acometido por alguma doença. A Densidade
é medida de 1 a 5, sendo que a Densidade parecida com um tecido de seda recebe
ponto 1 (constituição forte), enquanto aquela que se assemelha a um tecido de
estopa recebe 5 (constituição fraca).
Lei das
Polaridades: um órgão
com alteração pode influenciar o órgão situado a 180 graus deste.
Escola Clássica – Dr. Bernard Jensen (dividido em 7 zonas, órgãos
identificados em “horas”)
Constituição
X Densidade da Iris. Ver a Iris como um relógio, e divide em áreas:
Áreas
Cerebrais: estão
situadas no mapa na região compreendida entre 11 e 1 h de um relógio, em ambas
as íris: na esquerda o hemisfério cerebral esquerdo e na direita: o hemisfério
cerebral direito.
Na
divisão do cérebro fisiológico: situado na região temporal da íris, estão
representadas as funções relacionadas à manutenção do instinto básico de vida
como o bulbo, por exemplo, onde estão localizados o centro cardiovascular e o
centro respiratório.
Cérebro
psicológico: situado na região nasal da íris, existe a representação de áreas
que exprimem aquisições cerebrais mais recentes, mais elaboradas, relacionados
aos níveis mais elevados da psique. Vide mapa.
Sinais
Gerais:
Lesão
aberta: área
não circunscrita, franqueza nas fibras. Indica que os processos metabólicos
estão ativos e há fraca vitalidade.
Lesão
fechada: formato
redondo e oval. Indica tecidos enfraquecidos com deficiência e lenta eliminação
de toxinas.
Psora: provocam manchas que não deixam
transparecer as fibras destruídas da íris. Indicam áreas teciduais menos
resistentes, que acumulam drogas.
Radio
Solaris: raios ou
fendas que partem da trança SNA ou da pupila. Indica herança genética com
debilidade inerente, que se origina na área intestinal, e absorção das toxinas
provenientes do cólon.
Anel de
Tensão: são
evidenciados como arcos circulares ou porções de arcos quebrados através da
íris. Indicam condição de ansiedade e estresse, resulta em uma restrição do
suprimento nervoso e sanguíneo.
Arco
Senil: arco
translúcido na área superior da íris. Sinal clássico de velhice. Representa má
circulação, falência da memória e declínio da função cerebral.
Anemia de Extremidades:
aparece na periferia da íris na forma de um halo translúcido. Significa
dificuldade de circulação sanguínea nos braços, mãos e membros inferiores.
Extremidades comumente frias. Quando situado na área cerebral pode indicar
senilidade.
Congestão
Venosa: pode ser
observada pela presença de um halo azul na intersecção da periferia da
íris com a esclera. Indica hipo-oxigenação do sangue, sendo a falta de
exercícios e a anemia ferropriva as causas mais comum.
Rosário
Linfático: presença
de lesões semelhantes a nuvens ou flocos de neve, subjacentes a periferia da
íris, assemelhando-se a um anel ou a um rosário. Indica congestão e estagnação
do tecido linfático.
Anel de
Sódio/colesterol:
observado na periferia adjacente à esclera, pela presença de um branco opaco
depositado na camada córnea. Indica acúmulo de sais inorgânicos e colesterol no
organismo. Há má perfusão sanguínea devido à obstrução arterial. È um sinal de
degeneração vascular com hipertensão arterial e cálcio insolúvel circulante no
organismo.
Anel de
Pele: anel
escuro na periferia da íris. Indica dificuldade de eliminação das toxinas pela
pele por alterações metabólicas, devido à má circulação e falta de silício.
Anel de
assimilação ou absorção: apresenta uma coloração avermelhada ou marrom em torno da pupila.
Significa dificuldade de absorção de nutrientes.
Congestão
dos seios da face: provoca
alterações da coloração na área cerebral da íris, numa tonalidade às vezes
amarelada. Indica congestão crônica da área dos seios da face.
Coloração
ferrugem / Muco ou catarro: presença de sinais como se fossem nuvens de coloração creme ou marrom
claro obscurecendo as fibras da íris em algumas áreas. Acúmulo de muco
proveniente da má alimentação, drogas, supressão, dificuldade de eliminar
toxinas.
Alterações
na TSNA: pode ser
observado a num traçado de fibras situado em raio que, idealmente, dista um
terço do raio total da íris. Indica a área correspondente ao SNA, à integridade
intestinal ou áreas adjacentes. Revela herança genética e as causas dos
sintomas reflexos através do corpo, Um órgão pode, reflexamente, afetar outro
órgão distante dele.
Hipocloridria: traduz-se em coloração mais
escura que o restante da íris, na área que corresponde ao estomago. Indica
estomago hipoácido, dificuldade de digerir proteína e falta de sódio orgânico.
Hipercloridria: traduz-se em intensa coloração
branca no anel correspondente ao estomago. Indica excesso de ácido clorídrico,
estomago hiperácido.
Escola Alemã – Josef Deck (se divide em 6 pequenos anéis, e
três grandes zonas, diferente da Clássica que se divide em 7 anéis.)
I – Zona
Nutricional
1 – estomago
2 – intestino
II – Zona
com órgãos de transportes
3 – sangue/linfa e aproveitamento de
nutrientes
4 –
músculos
III –
Zona de Eliminação e
5 –
ossos Desintoxicação
6 – pele
Classificação
das marcas na íris
1- Marca
Estrutural: caracterizados por criptas, lacunas ou favo de mel, debilidade
de algum sistema de acordo com a tonalidade e profundidade da marca. É
genotípica e irreversível.
2- Marca
Reflexa: ligada ao sist. Simpático do SNA.
2.1)
Curso Radial – fenotípica e reversível;
2.2)
Curso Transversal – genotípica e irreversível (ex: trança do SNA)
3- Marca
Fisiológica: marca causada por acúmulo de toxinas. Fenotípica e reversível.
Biótipos
da Iridologia Alemã
Íris
linfática: sistema
mais frágil é o linfático; dificuldade de eliminar toxinas; reações metabólicas
mais lentas; raciocínio mais lento; memória de “elefante”; detalhistas;
tranqüilos.
–
Linfático Puro: íris azul sem lesão, sem rosário linfático e sem anel s6ódio/colesterol
= excessiva produção de muco; comum hipertrofia de linfóides.
–
Linfático Hidrogenóide: Rosário linfático = diátese ácido úrico (placas
escuras); diátese lipêmica ( anel sódio/colesterol)
Íris
Hematogênica: cor
marrom; tendência a processos agudos com inflamação; evitar excesso mental;
digestão rápida e completa; irrita-se facilmente; os instintos básicos estão
preservados; falta de perfeccionismo; inteligência viva; pouco persistente;
fragilidade no aparelho cárdio-vascular.
–
Hematogênica Puro ou Sanguíneo: Sem anel de tensão = tendência na
diminuição dos glóbulos brancos, e dos linfócitos; dificuldade genética em
armazenar determinados metais como ferro, iodo e cobre.
–
Hematogênica com ansiedade tetânica: com anéis de tensão =
hipertireoidismo; tensão neuromuscular de origem psicossomática; pré-disposição
a taquicardia; histeria; ansiedade; angina no peito; dores de cabeça; cólicas
uretrais, intestinais e biliares.
Íris
Misto Biliar: mistura
linfática com hematogênica = sistema muscular, urinário e hepatobiliar;
dificuldade de eliminar toxinas; impaciência; força de vontade; grande
capacidade imaginativa; necessita dormir pouco; fragilidade fígado, vias biliares,
sistema urinário.
–
Ferrocromatose: manchas psóricas = aumenta a tendência a cálculos renais
e biliares.
Método Ray Id- Denny Johnson
Padrão
Flor:
afastamento das fibras – pétalas = visual chamativo; gesticular próprio; padrão
que indica uma constituição que necessita de repouso para se recompor; aprendem
através do auditivo; sentem-se atraídas pelo tipo Jóia; quando se desestabiliza
emocionalmente sentem raiva e depressão.
Padrão
Jóia: expresso
por duas ou mais manchas escuras (psora) – diamante = capacidade verbal
acentuada; aprendizado visual e emocional; grande eloquência; lentidão gestos e
movimentos; analíticos; resistentes às mudanças; reflexivos; racionais;
perceptivos, curiosos e intelectuais; em desequilíbrio reage com ansiedade e
frustração.
Padrão
Corrente: ausência
ou condensação das fibras da íris = pessoas altamente intuitivas; possuem
características de Flor e jóia; sensibilidade física, mental e intuitiva; em
desequilíbrio reage como se estivesse bloqueado, desamparado.
Padrão
Agitador: “lesão”
+ “psoras” – ponta de lança = possuem capacidade de perseverança; aprendem pela
intuição e pelo toque; atraídos pela personalidade tipo Corrente; ligado ao
movimento e à mudança de vida; extremistas; autoabusivos e destrutivos; poder
de decisão e mantém-la por mais tempo; quando em desequilíbrio sentem-se
fracassados.
Introversão
(concentração) e Extroversão (expansão)
1)
Coloração: mais escuro = introvertido
mais
claro = extrovertido
2) maior
que 1/3 da TSNA = extrovertido
menor que
1/3 da TSNA = introvertido
3)
Anel muito irregular = tendência genética, alterações de humor.
Dominância Cerebral
Hemisfério
Cerebral Esquerdo: ligado
ao raciocínio lógico e concreto, estruturado, racional, realizador,
questionador, palavras, pai – olho direito;
Hemisfério
Cerebral Direito: parte intuitiva e raciocínio abstrato, fluente, casual,
inspirador, respostas, emoções, mãe – olho esquerdo.
* O olho
com maior concentração de cor e maior número de características é o olho
dominante.
* Outro
dado importante para a dominação do olho dominante é o indicador da vontade.
Esta área localiza-se na posição de 2 horas no olho esquerdo e de 10 horas no
olho direito.
Anéis Estruturais
Anel de
Realização e liberdade: na Clássica corresponde ao anel de stress = conversa mental repetitiva;
podem apresentar ansiedade; ações precipitadas; inquietude; pode apresentar
hipertensão; problemas digestivos; estafa e nervosismo; líderes pesquisadores.
Anel de
Propósito:
corresponde ao anel de pele = motivadas, orientadas, perseverantes; dificuldade
de tomar decisões; confiança interna; medo de fracassar.
Anel de
Harmonia: na
Clássica corresponde ao anel ou rosário linfático = pacificador;
idealismo exagerado com excessiva perspectiva; tendem para trabalhos de
Ecologia, medicina, enfermagem, e trabalhos terapêuticos.
Anel de
Determinação:
corresponde ao anel de sódio/colesterol = capazes; extremistas; dificuldade de
aceitar mudanças; tendência ao isolamento e depressão.
Pupila: na pupila encontram-se
representados funcionalmente os sistemas nervosos somáticos e viscerais, aquele
responsável pela vida de relação, este pela vida vegetativa, através do SNA
Simpático e Parassimpático. Do mesmo modo, a divisão do sistema nervoso em
central e periférico igualmente se encontra na pupila. Atentar-se na
degeneração marginal da pupila e nos reflexos pupilares quanto a estímulos de
luminosidades.
Esclera: sabe-se que todas as alterações
do metabolismo que geram toxinas afetam desde logo as membranas mucosas, tais
como a esclera, conjuntiva e outros, portanto, a esclera é o reflexo da saúde e
o balanço orgânico do indivíduo.
As
principais colorações que podem aparecer são:
–
marcas vermelhas: congestão arterial ativa e também de processos inflamatórios,
congestão local dos vasos sanguíneos e excessiva ingestão de amido, açúcar e
gordura.
–
marcas brancas e amarelas: hipercolesterolemia, doença hepática e biliar,
toxinas sanguíneas, tendências a diabetes e icterícia, alteração dos processos
digestivos químicos, principalmente para digerir e assimilar gordura.
–
marcas azuis: congestão venosa passiva, por dificuldade de retorno venoso.
Referencia Bibliográfica
BATELLO,
Celso. Iridologia e Irisdiagnose. O que os olhos podem revelar. São Paulo: Ground, 1999.
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